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quarta-feira, dezembro 21, 2011

Meu 2011

Era pra ser um ano determinante. E foi, muito mais do que eu pensava. Mudanças, surpresas, decepções e novidades. Muitas novidades. Amigos novos, novas amizades com amigos antigos, novas frustrações com não amigos. Novos sabores, perfumes e temperaturas.

Foi um ano e tanto, em todos os sentidos da vida. E pra ficar registrado segue minha lista de melhores de 2011.

Músicas no repeat:













Melhor viral





Maior Conquista


Melhor reunião

Melhor festa


Melhor festival


Melhor emoção futebolística


Melhor Show


Melhor presente


Melhores novos amigos


Melhores companheiras de apê


Melhor entardecer


Maior exemplo


Maior orgulho






Falar de dificuldade, tristeza e saudade é pífio quando pequenos momentos fazem a diferença!

Que venha 2012 com o dobro de motivos para sorrir, chorar, e descobrir nos últimos dias de dezembro, que ele valeu a pena e que felicidade é só uma questão de ótica.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Carta aberta à 1001


Já não é de hoje que os altos preços praticados pela 1001 no trecho Rio x Campos x Rio incomodam os que dependem com freqüência de fazer essa viagem. A esperança de o preço diminuir veio com a entrada da Trip operando no aeroporto de Campos com voos diários para a capital, porém, a única coisa que ganhamos foi a possibilidade do parcelamento das passagens.

Ainda insatisfeita com a média de preço de 70,00 reais em uma viagem de 280km e com o péssimo serviço oferecido pela empresa, fiz uma breve pesquisa dos preços cobrados em trechos de quilometragem próximas ou superiores ao trajeto Campos x Rio. (todas as viagens pesquisadas são interestaduais)

Campos x São Paulo = 712km
Itapemirim – R$89,00

Campos x Governador Valadares = 445km
1001 – R$61,20

Cachoeiro de Itapemirim x Rio de Janeiro = 396km
Itapemirim – R$55,00

Campos x Belo Horizonte = 532Km
Itapemirim – R$85,00

São Paulo x Balneário Camboriú = 616km
1001 – R$87,50

Curitiba x São Paulo = 450km
Itapemirim – R$65,50

Curitiba x Florianópolis = 312km
Viação Catarinense – R$44,25

É com muita tristeza que digo que dependo de uma empresa que não respeita seus clientes, tendo além de preços altos, constantes problemas no seu site e em seu 0800. Suas redes sociais só funcionam para uso da 1001, não tendo nem a dignidade de responder as críticas que são feitas em sua Fan Page ou em seu Twitter.

Como estamos na mão do monopólio da 1001 no trajeto referido, uso do mais democrático espaço que já existiu: as redes sociais. Peço aos que também são insatisfeitos com os preços e serviços oferecidos pela 1001 se junte para que possamos ser ouvidos.

Aguardamos com urgência um posicionamento da Viação 1001 e uma explicação plausível sobre as tarifas de uma viagem de menos de 300km ser mais cara que trechos interestaduais mais distantes.

Atenciosamente,
Carol Côrtes.

Fan Page da Viação 1001

Twitter da Viação 1001

terça-feira, outubro 18, 2011

O amor não é um filme



Ah garota, desiste! Esse amor perfeitinho só existe no cinema. Você não vai se apaixonar pelo belo rapaz de olhos claros que cruzou seu caminho. Ele não vai roubar seu coração à primeira vista. Nem à segunda, muito menos em um lugar chamado Nothing Hill. Por mais que seja outono, a praça da esquina nunca vai ser o Central Park e nem ele o Richard Gere.

Ele vai ter uma barriga de chope, vai roncar quando beber demais e muito provavelmente não vai ficar acordado te vendo dormir. Ele vai achar algumas das suas amigas fúteis e você vai odiar o Tonhão, amigo dele que sempre liga sábado de madrugada para lembrá-lo que ele perdeu a melhor balada da vida. E saiba que, por vezes, ele vai mesmo se odiar por não ter ido.

Você pode até esperar que ele lhe mande flores em dias comuns ou que se lembre do primeiro beijo, mas aprenda que, homem não decora datas, por mais romântico que seja. Aliais, acho que o grande problema na relação homem e mulher é o romantismo. Uma mesma palavra que significa ações tão distintas entre os gêneros.

Um mundo sem filmes e histórias românticas faria as mulheres mais felizes. Porque metade da nossa frustração é sempre esperar achar um Adam Sandler que conquista a mesma mulher todos os dias, e nunca achar.

E sabe o que a gente descobre, por fim? Que seria extremamente chato ter uma bandeja de café da manhã na cama com flores colhidas do jardim, todo dia. Que na vida real, longe de Hollywood, alguns dias, os problemas do trabalho vão te deixar de saco cheio do mundo, e você vai querer chegar a casa e ter vontade de não levantar mais. E você não vai ter o mínimo ânimo para aquele jantar fofinho.

Em dias atribulados, você não vai abrir a porta do apartamento, tirar o coque do cabelo, soltá-lo de forma sensual, se despir e mostrar a lingerie vermelha que você veste para ele. Ou você acha que só mulher pode sonhar com romances de filmes?

A equação é simples. Se a gente quer um Gerry de “P.S. Eu te amo” eles querem uma Elizabeth de “9 semanas e meia de amor”. Agora, faça um favor: mude as etiquetas dos filmes de romance para ficção, levante dessa poltrona e vá atrás de um amor imperfeito, real e feliz. Porque ninguém nunca disse que a felicidade está na perfeição.

sexta-feira, outubro 14, 2011



A gente aprende que chega um ponto que o caminho é para um só. Assim é a vida, meu caro, na hora da corda bamba é só você. E por mais que haja muitos plurais nas margens, o caminho é singular.

Mas, calma. A gente aprende.

A gente se equilibra bem quando precisa. A gente sempre descobre em nós mesmos o melhor amigo e confidente, quando não há ninguém em volta. Aprende a segurar as lágrimas, fazer um sorriso amarelo e sempre responder que está tudo bem.
Sim, a gente aprende. Uma hora a gente aprende.

terça-feira, outubro 04, 2011

Ei você,

Chegue do nada, sem falar muito e fazendo mistério. Alterne os dias, equilibre nos mimos e abuse dos abraços. Fale calmo, beije docemente e não suma de repente. Ou suma, mas, volte logo. Traga o que tiver de paciência e um estoque de sorrisos. Seja o calor das noites de ventania, e o cais de mares revoltos. Seja cuidadoso, e por vezes displicente, para não enjoar. Aproxime-se cheio de simplicidade, emanando boas fragrâncias e cantarolando uma canção.

Venha depressa, e fique sem pressa.

domingo, setembro 18, 2011

Lumiar



No tempo que ainda faltava luz, a nossa vista não se espantava com vagalumes. As estrelas ganhavam um brilho a mais e a lua mostrava sua esquecida função. No silêncio da novela e na brisa que entrava na janela aberta, que as sombras cresciam na parede, iluminada por aquela vela colada ao pires.

Era em volta da luz bamba da chama, que o som surgia. Era um desafinado coral, ritmado pelo violão, que quase sempre era esquecido pelo canto da sala. Era ali, que eu tinha liberdade de cantar com olhos fechados, que eu desentoava sem qualquer vergonha, aquelas músicas.

Era na ausência da tecnologia, que evidenciava as pessoas. Era comunicação direta e sem ruídos. Era o amor e união em melodias simples que cantavam o mesmo. Era, e ainda é, apesar do tempo e a distância. Mas, a saudade da cidade apagada fica mais acessa que as lâmpadas de hoje em dia.

“Todas as cores escondidas, nas nuvens da rotina.”

sexta-feira, setembro 09, 2011

Por ora, não mais.

E lá foi você, ser feliz em outras bandas, espalhar seu sorriso por outros jardins. Ficou aqui, junto a mim, o bem querer e o medo. A saudade e o carinho. Ficaram os risos frouxos, as bebidas quentes, as lágrimas enxugadas e noites adentro. A lembrança dos abraços apertados, cumplicidades e companheirismo. Alegria sabe? Que hoje estão embaladas, guardadas em uma caixa de baixo da cama.

Mas, e se as fotos descolorirem? Se o tempo passar mais rápido que de costume? Se os quilômetros passarem a fazer diferença? E se, por um instante apenas, a gente não mais se reconhecer, onde antes havia almas irmãs?

Vão surgir novos amigos, novas bebidas e novas formas de ser feliz. No nosso caminho divergente, sempre haverá um ponto em que olharemos para traz buscando um ao outro. Nem sempre sua vista alcançará os olhos meus, ou meu pranto se apoiará nos ombros seus. Mas, siga. Que quem sabe, no fim, as paralelas se cruzem, nossos abraços se enlacem e nosso peito palpite, em paz. Quem sabe o passado não morra, a noite clareie, o papo se alongue e sejamos ainda capaz, de ser tudo que somos, de inventar o que seremos e reviver tudo que jaz.

domingo, agosto 21, 2011

Confissões


Ah, eu sou simples, sabe? Simples desde o nome. Carol. Assim, C-A-R-O-L, e só. É quase uma forma da pessoa se sentir íntimo de mim logo no primeiro encontro. E eu gosto disso, mas ó, não abuse. Sorrio fácil, gargalho alto e tenho orgulho de ser simpática com quem quer que seja! Sem esse ‘Jaborismo’ de ser antipática. O mundo já anda cinza demais para cada um não fazer sua parte! Sorrir colore o dia, seu e dos outros, contribua!

Há quem me chame de idealista. E quer saber? Sou mesmo, e daí? Acho que tudo está em nossas mãos, basta querer. É uma questão de traçar objetivos, olhar para eles toda hora e não desviar o foco. Não que eu cumpra isso a risca todo santo dia, sabe como é né, falar é fácil! Mas tento não perder o rumo.

Minha idade emocional gira em torno dos 15 anos de idade. Me apaixono e desapaixono toda semana, e ainda consigo manter viva em mim aquela paixão crônica e platônica por aquele cara que eu fantasio ser o ideal. Não acredito nessa história de sapo que vira príncipe, no livro da minha vida só acontece o contrário.

Sou teimosa, em um grau que por vezes nem eu me agüento! Vou até o fim mesmo já tendo desconfiado durante o caminho, que não era o que eu devia fazer. Não acho justo comigo mesmo parar no meio do caminho. Porque vai que o negócio da certo! Aliás ser justa comigo é uma das coisas que mais prezo na vida. Não posso cobrar que as pessoas me sejam leais, se eu não fizer isso primeiro.

Tenho fraquezas que quase ninguém sabe, e não faço mesmo questão de saibam. Visto uma capa de auto-suficiente e faço pose de bem resolvida. Mas, confesso que adoro mimos, cafunés e um colo fofo e quentinho.

Sou assim, simples, idealista, apaixonada e fraca. Mas também complicada na TPM, descrente desse mundo, turrona e mais forte do que muitos imaginam. Posso mover o mundo ou levar três dias debaixo das cobertas. Sou imprevisível dentro daquelas opções, o que é, na verdade, ser uma pseudo-previsível!

Sou tudo que me convém e bem naquele clichê do Renato Russo: minha só minha, e não de quem quiser.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Receita da Vovó


Eu não entendo essa complicação que homem faz para lidar com mulher. Conquistar mulher é tão receita de bolo, basta seguir aquele manual básico e tcharam, tá pronto! É claro que há de se ter cuidado para não solar ou queimar no forno.

Pra se fazer bolo é necessário ter paciência. Adicionar ingredientes um por um. Algumas colheres de amizade e uma boa dose de conversa. É recomendado colocar pitadas de humor, mas cuidado, é como o açúcar, se colocar demais fica enjoativo. Para a massa ficar homogênea é necessário descanso. Deixar a massa de lado, por um pequeno tempo é o segredo para um bom bolo. Depois volte cheio de afeto e acomode a massa no tabuleiro. Deve-se ter todo carinho possível nessa hora. Leve ao fogo brando e aguarde um perfume delicioso.

Tá vendo, menino? Seja simpático, sorridente, faça sorrir sem ser patético. Mas dê pequenos intervalos. Vá e volte para deixar saudade, mas nunca vá muito pra longe. Aqueça a menina no calor do abraço e nunca se esqueça de comentar ao pé do ouvido, o cheirinho maravilhoso que ela tem.

Mulheres são como bolos, às vezes muda a cobertura ou o recheio, mas a base é sempre a mesma! A única dificuldade é que existem realmente poucos homens disponíveis a aprender cozinhar.

quarta-feira, agosto 10, 2011

Cansei



Ah, eu cansei de falar de amor, sabe! Cansei desse jogo de “deixa que eu deixo”, essa coisa de não saber se dou um passo e fico com fama de oferecida ou fico na minha e passo o resto da vida na dúvida do que teria acontecido se eu desse um passo a frente. Cansei de esconder o sorriso que brota espontaneamente em meu rosto quando você se aproxima.

Cansei de viver um amor. De dividir minhas noites de sonho com você. To deixando pra lá essa coisa de querer saber dos seus gostos e medos. Já me bastam os meus. Não assino mais minhas poesias, elas são verdadeiras demais, e eu prefiro me esconder em codinomes, por ora. To andando descalça e de leve, para que ninguém me ouça. Não to a fim de explicar e muito menos de me entender.

To de saco cheio das músicas que cantam nós dois, e aquelas que falam por mim. Não quero fotos nem telefonemas. Desfaço os meus planos e fico com os enganos. Ah, eu cansei, de verdade mesmo.

Mas, o meu maior problema, é que eu descanso rápido demais!

"Hoje eu tô sozinha e tudo parece maior, mas é melhor ficar sozinha que é pra não ficar pior."

sábado, agosto 06, 2011

Tempo, tempo, tempo, tempo.



Eu, como uma apaixonada pelo escuro da noite, estava me estranhando hoje. Queria voltar o tempo e ver o sol nascer. Sentir aquele vento cortante do inverno, vendo o sol emanar toda esperança de um dia tranqüilo e secar as gotas de orvalho da grama. Mas o tempo é cruel né? Anda naquele mesmo ritmo sem olhar pra trás. Caminho até o lado de fora, me debruço na sacada e vejo a noite brilhar. Incrivelmente é uma noite quente. Sinto uma saudade do verão e desejo que os meses corram até que ele chegue. Entretanto, lembro-me que gosto de companhia para caminhadas sob as folhas caídas, de outono. Mas o outono já foi e estou só. Rego as plantas, e as vejo se preparando para me presentear com flores coloridas e perfumadas. Gosto da primavera, e do vôo do beija flor dando rasantes felizes, não demora e já ela chega.

Entro, preparo um café forte, tiro o bolo do forno. Aquele misto de perfumes me lembram as tardes de férias. Delicio-me nos sabores, mas, ainda não há nada que me finque ao presente segundo. Pulo pro sofá, zapeio os canais, desisto. Abro o livro, mas concentração passa longe. Rascunho uns poemas, e no fim, há mais riscos na folha que palavras. Caminho na pequena sala, talvez eu queira me cansar, para adormecer logo. Volto pra cozinha, faço um chá quente, hábito adquirido recentemente. Ouço um samba para alegrar o coração. Mas samba se ouve alto, e já é tarde. Junto às tralhas, lavo as louças e coloco meu relógio no pulso. É quase manhã, as pálpebras pesam, é o sono que chegou. Me rendo a ele.

Mas, não era a manhã, que eu queria que chegasse?


"Eu já arranhei minha garganta toda atrás de alguma paz."

terça-feira, julho 26, 2011

You had my heart inside of your hand


- Por que você sempre faz assim?

- Assim como?

- Chega sempre com ar de quem quer ficar, e sempre vai embora antes dos primeiros raios do sol?

- Talvez seja indecisão.

- Não gosto de ser indecisa.

- Todo mundo é, no fundo.

- Sou indecisa em comprar uma blusa azul ou lilás, não quanto ao que me faz feliz.

- É...

- O quê?

- Ser feliz, essa é a questão. Até quando isso dura?

- Depende, o tempo de um sol se pôr ou o tempo de uma vida acabar, isso é com você.

- Gosto da forma como você vê a vida.

- Quer?

- O quê?

- Ir comigo, ver o mundo da mesma forma?

- Não sei... É que....

- A indecisão de novo não é?

- Talvez.

- Bem, to indo.

- Já?

- Enquanto você se resolve e procura alguém que te dê mais certezas de felicidade que eu, vou seguir.

- Mas...

- Beijos.

- Eu acho que quero você.

- Enquanto houver um ‘acho’ entre nós, seremos assim, você no ponto de interrogação e eu no ponto de exclamação.

- Por que não fica por perto?

- Porque já fiquei demais!

quarta-feira, julho 20, 2011

Aos meus amigos


Não é difícil encontrar bons amigos. Difícil é manter amizades. Bons amigos estão por aí, em qualquer esquina, mas é preciso bom coração para conquistá-los e tê-los por perto apesar de qualquer distância.

Ser bom amigo é o mesmo que ter bons amigos. Possuo bons amigos que encontrei poucas vezes na vida, e aqueles que eu só encontro vez ou outra e não tenho nem o número do seu celular, mas, amizade, é mais sentimento de querer bem que qualquer outra coisa. Carinho transpassa qualquer barreira. Tenho amigos que não moram na mesma cidade que eu há anos, e nem por isso, em qualquer momento deixaram de merecer o título de amigo. Simplesmente porque, ao nos encontrarmos, o abraço é o mesmo.

Não posso negar aqueles que se aproximam por um interesse qualquer, e vão embora levando nossa decepção em ter confiado em alguém que não merecia, mas esses não merecem o título de amigo, e para cada um que age assim, existe uma legião de anjos na terra que te faz ter certeza que ainda vale a pena continuar sendo e tendo amigo.

Há ainda aqueles que nunca te deixam, nunca se esquecem, estão sempre ali, pra qualquer coisa. Para um porre na mesa de um bar, ou para ficar em silêncio ao teu lado. Há aquele que tem livre acesso a sua casa, e tem sua mãe como tia. Aquele que manda sms de madrugada só pra dizer que lembrou de você na balada que você não foi.

Para todos que fazem diferença na vida do outro, de forma positiva, seja em uma noite de verão, ou em uma vida inteira, um feliz dia do amigo!


"Tenho amigos tão bonitos. Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica" (C.F.A.)

quinta-feira, julho 14, 2011

Carta para um coração



Curitiba, 14 de julho de 2011


Acho que faz tempo que a gente não se fala, não é? Culpa desse cotidiano corrido e da minha estranha mania de fingir que você não faz muita diferença, na minha vida. To escrevendo para mandar notícias do lado de cá, e queria saber como andas. Confesso que às vezes tenho saudades do tempo em que andávamos próximo, das confidências que trocávamos e de quando eu confiava a você minha felicidade. Mais são muitas feridas que demoram a se curar, e eu não gosto disso.

Lembra de quantos suspiros esperançosos nós demos? Tantos planos! Um fim de semana no frio da serra, uma viagem de navio. Tempo que não volta, e mesmo que voltasse, somos hoje resultado de novas experiências, e não iríamos crer novamente em velhos sonhos.

Sabe Coração, sou um misto de prazer e dor, em viver longe de você. Um dia sei que volto a te encarar, só não sei se quero que isso seja tão logo. Viver nesse mundo racional, geralmente é previsível e com poucas decepções. Mas isso inclui também, não viver surpresas de tirar o fôlego.

Assim a gente segue. Você batendo vagamente por aí, e eu seguindo meu caminho por aqui. Vez ou outra lembro de você, e as vezes você dispara, para chamar minha atenção. Um dia, a gente cruza uma esquina, se encontra e se abraça. E quem sabe, a gente consegue, enfim, começar do zero e fazer tudo diferente?

Com Carinho,

Carol.

segunda-feira, julho 11, 2011

A pessoa certa para você não ter



Eu sempre acordo com mau hálito e cabelo desgrenhado, além de usar um pijama de flanela, nada sensual. Acho que isso justifica eu não servir pra você. Eu tenho mau dormir e me viro a noite toda, mas não desperto de madrugada e me acalmo com um abraço. Eu levanto animada e cantando, e compreendo que você não goste, realmente cantar não é um dos meus dons.

Desculpe, eu, no geral, não me maquio pela manhã. Sabe como é, para não torturar minha pele todos os dias. Eu sei da sua busca pela mulher perfeita que parece uma boneca arrumadinha, mas pra isso eu precisaria acordar mais cedo, e eu gosto mesmo é de perder vários minutos fazendo manha para levantar.

Eu cozinho o trivial e adoro um arroz com ovo, é uma pena que você esteja sempre me comparando com a cozinheira espetacular que você tem em casa. Eu ando admirando o céu e me apaixono todos os dias pelo vento batendo no meu rosto, mas você nem gosta de moto, não é?

Eu adoro cerveja e vez ou outra caio no pileque, juro que sou comportada, mesmo com excessos. Fico rindo a toa e mais intensa, nada demais. Sei que você gostaria que eu ficasse careta e assumisse a direção do carro no fim da noite. Uma pena, mas nem habilitação eu tenho.

Sou falante, e adoro contar histórias, minhas ou de pessoas que eu já encontrei por ai. Adoro uma roda de bate papo descompromissado, mas suas regras não permitem uma vida leve, suas leis são os relógios e calendários. Além do mais, quanto começo a falar, é difícil me parar, entendo seus motivos.

Adoro abraçar. Abraços fortes e longos, daqueles que fazem o mundo parar e você, pelo visto é inquieto demais pra perder minutos com cenas de filmes. Sou uma romântica, daquelas que se encantam com mínimas coisas, e logo você, que acha um desaforo roubar uma flor do jardim alheio só para satisfazer meu prazer.

Sabe, durante tempos achei que eu seria a pessoa certa para você. E até sou, mas, descobrir que na verdade você que é o par errado para mim.

sábado, julho 09, 2011

Fica



Fica, vai ter o calor do abraço e o cheiro dos nossos perfumes se misturando no ar. Vai ter o som de nossos risos, vindos da cozinha. Vai ter também o seu bolo favorito, quentinho, saindo do forno. Ventos de outono uivando nos nossos ouvidos, acompanhados dos enlaces de nossas mãos, caminhando pelo parque com folhas alaranjadas. Vai ter o nosso suor em uma noite fria e a luz de velas. As flores brotando, quando a mais bela das estações chegar, perfumando nossos caminhos e enfeitando os cabelos meus. E não se esqueça das nossas tardes a beira mar, aquecidas pelo sol que já vai se deitar. Vai ter nossos corpos, vestidos com os mais velhos moletons, deitados na sala aos domingos à noite. Têm as manhas de todas as manhãs, e as lutas para não ir embora trabalhar. Vão ter brigas também, noites dormindo de lados opostos e cafés amargos e sem açúcar. Mas não se esqueça das reconciliações e dos sorvetes nas manhãs quentes. O chá quentinho, os pedidos para não deixar as roupas por aí, o cafuné, as disputas pelo controle remoto, músicas, sons, comédias pra mim e terror pra você. Vai ter uma vida normal. E cheia de amor.

Vai, fica!

domingo, julho 03, 2011

Eu chego já



Arruma a casa que eu to chegando, com os braços abertos e uma saudade que não para de arder. Um beijo guardado de tempos e promessas para uma vida inteira.
Arruma a cama, que eu quero lençóis brancos para perfumá-los de paixão, quero um café forte e companhia para ver a chuva molhando o jardim.
Arruma a sala, com aquele filme que amo na TV, a nossa bossa de amor no som e o vinho para espantar o frio que eu trouxe comigo.
Arruma a mala, que eu to chegando para partir de novo. Dessa vez com você. Levar-te para conhecer o mundo, tão diferente deste que te circunda e que você teima em achar que basta. Vamos conhecer os novos sabores, perfumes e formas de ser feliz.
Arruma a vida. Tira o amor do armário, espante a poeira e se vista dele. Arruma que eu to chegando. Que o resto, deixa que cuido eu.

"Eu cuidarei do seu jantar. Do céu e do mar. De você e de mim."

sexta-feira, julho 01, 2011

1º de Julho


Hoje eu não queria falar sobre tudo que me deixa o dia inteiro embaixo do cobertor. Mas o frio e a chuva não me deixa outra alternativa, que não seja viver meus dias chatos de uma maneira clichê: sendo chata.
Hoje de baixo do cobertor eu relembrei momentos que se foram, momentos de partidas eternas e da falta que faz aqueles olhinhos claros, que sorriam ao me ver. Por mais que, eu fosse nova demais para compreender a dimensão do abraço fraco, e da forma rude como se demonstrava o amor.
Hoje faz falta, muito mais que seu tom de voz chamando meu nome, cada vez que eu abria a porta e deitava ao seu lado na cama. Faz falta, aquele descompromisso com a vida, aquelas pequenas cenas de um contraste de gerações.
Me corroo pelas ações abafadas, por mais um afago que deixei de fazer. E pelo tchau que eu sabia que era pra sempre, em que eu não voltei correndo para terminar com um abraço.
É nessas horas que se percebe o quanto a vida corre, o quanto cada ano passa com uma piscada de olhos, e apesar de não gostar de viver dias debaixo do cobertor, hoje é o que me resta. Uma saudade de um tempo que não volta. Uma saudade de um tempo que não chegou ainda.

"Já que não me entendes, não me julgues, não me tentes"

quarta-feira, junho 29, 2011

Sobre barbas e caras



Se tem uma coisa que me deixa louca, é a barba por fazer. Aquelas cerradinhas, prontas para roçar a nuca e provocar arrepios. Homem tem que ter cara de homem. Isso provoca minha libido. E esse é o problema, homem com cara de homem provoca meu corpo. Porque meu coração é osso duro. Não resiste a nenhuma carinha de coitado. Não resiste a nenhum sorriso no olhar. Coração bobo, daquele bem vagabundo mesmo, comprado em comércio popular e precisa ser recarregado a cada noite. Enquanto o corpo clama por atitude, o coração adora brincar de mãe, acordar às 6 da manhã para ligar e perguntar se ele já tomou o remédio. E quando surgem aqueles que sabem fazer manha? Me ganham instantaneamente. Saber falar calmo e fazer olhos de cachorro que caiu do caminhão de mudança bloqueia minha capacidade de dizer não! Mas as barbas.. ah, as barbas! Fazem cada poro do meu corpo se manifestar, caso acariciado bem de leve nos lugares certos. Falar soprando ao ouvido e sentir a respiração quente me deixa fora de qualquer eixo. É dilema puro. Corpo quer, coração acha chato. Coração apaixona, corpo cansa de fazer por onde. Mas, entre abraçar e ser abraçada, estar no meio termo me ganha, de corpo, alma e arrepios.

"Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita"

quinta-feira, junho 09, 2011

Meio cheio ou meio vazio?


Para ouvir ♪

Você não sabe, mas alimento sonhos sobre nós dois. Simulo afagos e histórias de amor. Crio coincidências e suposições, sobre você e eu.

Observo seus gestos, toques leves e também teus olhos que não deixam transparecer o imenso universo que existe em você. Enigmáticos, desses tipos que deixam pessoas curiosas como eu sem coragem para virar as costas sem desvendar ao menos um mistério.

E suas falas? Ah... Suas falas pausadas, como quem desse tempo entre uma palavra e outra para que eu pudesse saboreá-las por completo. Risca a frase clichê da Lispector da agenda, o que eu quero tem nome, sobrenome, pai, mãe e um jeito encantador de sorrir. Uma barba mal feita que me faz fechar os olhos e esboçar um sorriso escapado.

Me perco em desatino, em risos abafados, palavras caladas e invento um amor. Um amor tranquilo de Cazuza, barato de Chico, mais que discreto de Caetano. Invento o meu amor, invento a reciprocidade, e vou-me embora tão cheia de mim, e vazia de ti.



sábado, junho 04, 2011

Alter ego



Ela sempre fazia questão de não se importar. Nunca quis saber do café, do amanhã ou do telefonar. E por mais que se importasse, seria em vão. Nunca se preocupou com o comportamento, as palavras certas ou em cuidar para não assustar.

Não era nada. Não era. Por que como quem não escolhe o futuro, se viu contando dias de solidão. Não sabia o que a perturbava mais, a falta ou o aperto do seu abraço. A partir daí, travava batalhas matinais, cada vez que acordava com vontade de continuar sonhando. Lia seu signo, para ver o que ele dizia. Para saber se ele dava alguma pista de como percorrer o caminho.

Não queria, nunca quis. E dessa falta de preocupação com o futuro nasceu isso. Resolveu batizar de Confusão. Deixar que o vento determinasse sua vida era demais para ela. E ao mesmo tempo instigante.


“Eu que não amo você, envelheci, dez anos ou mais, nesse último mês”.

terça-feira, maio 31, 2011

Entre corações que tenho tatuados



Em uma breve reflexão, parei a estudar os homens que um dia despertaram algo diferente dentro de mim. De paixonite a tesão, teve o certinho, o nerd, o galanteador, o perfeito, o que mandava flores, e o que só ligava na outra semana.
E o que todos têm em comum? A incrível capacidade de me fazer perder horas tentando descobrir como agir. Não vou ficar aqui generalizando homem e dizendo que muda só o CPF. Assumo minha parcela de culpa das escolhas complicadas.
Admito que homem normal me cansa. Tem que ser complicado. Tem que ter amigos invisíveis, mistério no olhar e falas curtas para contrastar com minha alma ‘Saramaguesa’. Tem que não gostar de futebol ou, quando gostar, ser torcedor roxo do arque rival do meu time de coração, tem que nem ligar pra carnaval e achar que a Portela é um saco. Tem que ofender tudo que eu mais gostar. Tem que morrer de medo de moto e achar super careta meus pais serem moderninhos.
Porque quando não tem o desafio, é chato. Quando não me faz parar para pensar respostas sobre suas indagações, é fácil. Quando não me deixa um dia inteiro olhando pro celular esperando se vai ligar ou não, é acessível demais.
E sempre que encaixa na forma desejada de namorado perfeito, ou tem namorada, ou é gay.

"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria." (Sentimental - Los Hermanos)

terça-feira, maio 24, 2011

Quando o dia não passar de um retrato



Enquanto o mundo gira, a noite cai e tudo segue sua perfeita ordem, eu durmo abraçada com as lembranças. Acordo sonhando com todos os dias bons já vividos. Momentos divididos com tantos e inesquecíveis. Olho pra trás e sinto tanta alegria, que vira e mexe me escapolem aos olhos, assim, rasteiro, como quem não quer nada. Pequenas gotas, que acho que se chamam Saudade.

“Dentro de cada pessoa tem um cantinho escondido, decorado de saudade. Um lugar pro coração pousar, um endereço que freqüente sem morar.”

sábado, maio 21, 2011

Andanças

Hoje eu caminhei um parque inteiro, para tentar acalmar o coração e descobrir que quanto mais a gente tenta, mais ele acelera. Acelera por dor, saudade, frustrações. Acelera pelo vazio do tempo que anda devagar.

Hoje eu caminhei para ver se conseguia chegar um pouco mais perto de mim, e me perguntar: ‘o que há?’ e ‘porque não’. Queria saber qual é o motivo das inconstâncias e da insistência em continuar querendo aquilo que não tem.

Caminhei para tentar achar razão de que, por mais que eu corra muito, as pessoas passam e eu fico. E que, não necessariamente isso é ruim. Mas não consegui. Continuo achando ruim. Continuo com aquele sentimento de antes, quase como uma peça que não encaixa no quebra-cabeça.

Hoje eu descobrir que por muitas vezes, não quero ter nexo, mas quero muito que as pessoas me entendam. E que, é difícil achar um colo antes da lágrima. Tive poucos, que passaram, e eu fiquei. Mas isso não é ruim. Não é. É.

quinta-feira, abril 28, 2011

A-cor-dar

Acordar com os pés gelados e sozinha em uma grande cama já era de costume. Incrivelmente havia acostumado a rolar por sua king size sem ter quem a incomodasse, e seus travesseiros aprenderam a abraçá-la de uma forma envolvente.

A rotina de apertar o soneca do despertador, esfregar o rosto na cama e pensar que não quer levantar a acompanhava há algum tempo. Nesta manhã, porém, acordou atipicamente disposta. Decidiu usar o tempo do soneca para se maquiar um pouco, achava que precisava de um pouco mais de cor, em sua pálida pele. Resolveu colorir o dia e escolheu a roupa que melhor representava seu estado de espírito. Não entendia o motivo, mas era pulsante demais para ser ignorado.

Seguiu rigorosamente seu caminho, nenhum imprevisto até o trabalho. Um dia corrido, como sempre. Na saída resolveu que voltar para casa, depois de estar vestida tão cheia de vida, seria um desperdício. Parou no restaurante pelo caminho, pediu o vinho mais caro e parou para ouvir uma bossa que há tempos não cantarolava. Achou nos olhos do rapaz sentado a mesa ao lado um lugar pra pousar o olhar. Sustentaram as troca de olhares até o fim da noite. Ela pensou em tomar a iniciativa, deixar seu numero do celular, ou perguntar o nome dele. Por fim, pediu a conta e equilibrou se em seu scarpin de volta para casa.

Descobriu que aquele ímpeto de colorir o dia a fazia bem. Tomou um bom banho quente, ainda embriagada, deitou abraçada com seus tão queridos travesseiros e dormiu, lembrando dos mais ternos olhares dos últimos tempos.

No dia seguinte acordou com os pés gelados, rolou em sua cama, esfregou seu rosto, e apertou o botão de soneca. Não dava para viver dias coloridos seguidos.

domingo, abril 17, 2011

Ah, os abraços.


Abraçar é envolver e deixar acolher-se. É a hora que o mundo para e a cabeça descansa, no ombro do outro. Outro, que junto a você viram um só. Um gesto. Talvez o que mais represente o amor. Abraços são anatomicamente perfeitos. Um coração ao lado do outro. A boca próxima ao ouvido. As mãos livres para carinhos e cafunés. Abraço é partida e chegada, lágrimas e palavras escapulidas. Abraço é democrático, é reflexivo. Dar abraços é recebê-lo. É, em síntese, um laço apertado de todo sentimento bom.