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quinta-feira, julho 14, 2011

Carta para um coração



Curitiba, 14 de julho de 2011


Acho que faz tempo que a gente não se fala, não é? Culpa desse cotidiano corrido e da minha estranha mania de fingir que você não faz muita diferença, na minha vida. To escrevendo para mandar notícias do lado de cá, e queria saber como andas. Confesso que às vezes tenho saudades do tempo em que andávamos próximo, das confidências que trocávamos e de quando eu confiava a você minha felicidade. Mais são muitas feridas que demoram a se curar, e eu não gosto disso.

Lembra de quantos suspiros esperançosos nós demos? Tantos planos! Um fim de semana no frio da serra, uma viagem de navio. Tempo que não volta, e mesmo que voltasse, somos hoje resultado de novas experiências, e não iríamos crer novamente em velhos sonhos.

Sabe Coração, sou um misto de prazer e dor, em viver longe de você. Um dia sei que volto a te encarar, só não sei se quero que isso seja tão logo. Viver nesse mundo racional, geralmente é previsível e com poucas decepções. Mas isso inclui também, não viver surpresas de tirar o fôlego.

Assim a gente segue. Você batendo vagamente por aí, e eu seguindo meu caminho por aqui. Vez ou outra lembro de você, e as vezes você dispara, para chamar minha atenção. Um dia, a gente cruza uma esquina, se encontra e se abraça. E quem sabe, a gente consegue, enfim, começar do zero e fazer tudo diferente?

Com Carinho,

Carol.

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