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sábado, janeiro 30, 2016

E por falar em você, onde anda a saudade?


Definitivamente eu escolhi o quarto errado nesta casa para dormir. Mesmo estando no quinto andar o barulho do interfone vem direto pela minha janela. Isso não seria grandes problemas se eu não esperasse todo dia por você. Ouço o barulho, conto dez segundos e fico na expectativa do porteiro ligar. Mas, de novo, é só o vizinho chinês do andar de baixo.

A cama ficou grande, e minhas pernas não cansam de procurar as suas para se entrelaçar pela madrugada. Nunca fui fã de conchinha, mas pernas entrelaçadas me asseguravam que você estava ali.
 
Está tudo bagunçado, e eu queria que isso fosse apenas seu tênis e tablet depositados em lugares estranhos, mas a bagunça tá por dentro. Tem bagunça, tem dúvida, tem insônia, só não tem você.

E você pode estar achando todas essas palavras feitas de um pieguismo sem fim, e são, concordo. Mas não se exige muito de corações e mentes sobrecarregadas. Além do mais, não se fala do simples sem ser óbvia.

Não que seja simples falar disso, mas é que... ah, não sei. Tem confusão também, tá vendo? Tem bagunça, dúvida, insônia, confusão e uma falta só minha.


Você eu sei onde andas, mas e a sua saudade, ela nunca mais vai te trazer aqui de novo?