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sexta-feira, outubro 29, 2010

#CarecaVota45



As últimas movimentações de militantes políticos, para o segundo turno das eleições, me questionam uma série de fatores, que me levam a beira de um desespero. Como de vício, fui tuitar, e no terceiro lugar dos Trends Topics estava a hastag #MulherVota13. Não tenho por objetivo levantar bandeiras de voto ou manifestar o meu. Mas creio que, se, nós cidadãos, não mudarmos nossa posição no tabuleiro, vamos continuar caminhando rumo ao abismo.

De certo, é difícil se exigir uma postura política de um povo que nunca foi ensinado a pensar e questionar. Mas me assusta a quantidade de pessoas, muitas com ensino superior, que se abstém do direito e dever de escolher um rumo melhor para seu país.
Revolução seria a palavra de ordem. Não daquelas com armas nas mãos. Refiro-me a cultural. Gênero nunca foi plataforma de campanha. E enquanto bandeiras como essa continuam sendo manifestadas, sigo desacreditando em muitas coisas.

Ser mulher não é garantia de ser boa gestora, boa representante de nosso país. Da mesma forma que ser negro, índio, gay, ou qualquer outra ‘tribo’ que algum candidato possa se encaixar, não deve ser levado em conta, se não vier agregado de idéias com valores. Idéias que nos apresentem soluções para educação, saúde, segurança e tantas muitas preocupações que nos cercam a cada dia.

Enquanto houver alguém querendo dividir o Brasil em ‘times’ de gêneros, raças e opção sexual, nunca vamos ser, de verdade, brasileiros.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Caminhos (in)certos



Às vezes a gente tenta fugir de certos comportamentos próprios, mas tem fases que não importa para qual for o lado que você correr, parece que as situações são sempre as mesmas. Uma espécie de Dejá vu.

Levo como uma chance de tentar acertar a forma de agir, mas no fim, seja por repetir os mesmos erros, ou criar novos, acaba tudo indo por água abaixo novamente.

Eu ando por muitos caminhos diferentes, mas sempre pelas mesmas paisagens. Já acostumei com as belezas e trevas da caminhada. Mas não paro de insistir nos passos.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Importâncias!

Gostaria de contar quantas pessoas na vida à gente encontra. Gostaria mais ainda de saber quantas se tornam especiais, e ganham a importância que nos leva sempre a julgar que é pra sempre. Já aprendi que não é pra sempre. Mas a cada nova pessoa que se torna importante eu volto a acreditar que dessa vez, talvez consigamos fazer durar uma eternidade.

É engraçado, que existem pessoas que a gente jura que não vai te abandonar nunca. E sim, elas fazem. E com toda certeza você também já foi uma dessas pessoas que seguiu seu rumo e se afastou de alguém que te julgava fundamental para viver.
Me consola o fato, de quê, se não houvesse afastamentos, não encontraríamos novas pessoas para se importar e ser importante.

Vivo nesse ciclo vicioso de partida e chegada. Me alegra esse dinamismo, e me mata de saudades dos que já passaram.

Aprendemos uma lição, todo dia. De quê ciclos começam e terminam sempre. Tão rápido quanto o intervalo entre um nascer e por do sol. Construa e desconstrua laços a cada ciclo, a cada dia. É a minha forma mais segura de caminhar.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Manual de instruções (meu)

Pareço mais uma, mas o convívio me torna única. Sou assim desde o nome. E não. Não é convencimento. É estratégia para viver. Sou uma página em branco com um lápis ao lado. Chegue e escreva o que quiser, mas não esqueça que só eu tenho a borracha. E decido o que fica ou não no papel.

Sou chata. Daquelas que briga com quem joga papel no chão. Daquelas que usa ecobags e evita sacolas plásticas. Daquelas que não quer nem papo com quem fala que odeia política, mas reclama do país como é. Chata com jovem que não vota e quer pintar a cara e ir pra ruas reclamar, se é que, ainda existam jovens deve tipo. Sou chata com quem não tem conteúdo, sou chata com quem é fútil. Em síntese, sou chata com quem merece.

Sou alegre por natureza, riso frouxo por alegria, escandalosa por rir demais. Sou uma reação em cadeia. Saiba começar e o fim não será trágico.

Sou livros. Às vezes sou cinema. Sou samba de raiz e bem alto. Sou bossa, com boa companhia e vinho. Sou frio com meia no pé e calor com cerveja na mão. Sou água gelada de cachoeira e água quente no banho. Sou nascer do sol na estrada e por do sol na praia. Sou, na verdade, por do sol e qualquer lugar.

Sou, no fundo, uma antítese. Mas, o equilíbrio me agrada, quase sempre. Ora sensata ora imatura. Vontade de ir embora e saudade do que fica.

Na verdade, acho que nem sei se sou ou estou, mas vou...

terça-feira, agosto 10, 2010

Personagens do meu livro de memórias

Sempre acreditei que pessoas passam pela nossa vida com uma razão. Ninguém sabe qual. Uns chegam e machucam, e te tornam mais fortes. Outros chegam, e te mostram que podemos ser felizes, alguns desses que chegam, te mostram que a felicidade é rápida. Não importa a ação. Todas levam a uma reação. E, se, bem analisada, toda e qualquer reação, leva a um aprendizado. Mesmo que seja de nunca mais repeti-la.
Hoje, acordei, e me perguntei durante o dia todo, se devia ou não virar uma página. Por acreditar que os aprendizados já foram suficientes. Busco colher das pessoas o seu melhor, e tirar do seu pior, uma maneira de não ser. Talvez isso explique a constante inconstância de minha pessoa, e confirme o fato de eu acreditar que a frase do Vinícius de Moraes “Fiel à sua lei de cada instante” foi feita espelhada em mim. Meus pensamentos mudam de acordo com exemplos que a vida vai me dando.
Talvez até, isso seja um grande álibi, um jogo do contente, criado por mim, para proteção. Coisas flexíveis quebram com mais dificuldade.
A verdade é que, acho que virei à página. E tenho certeza que aprendi coisas. A gente passa a se enxergar melhor nos outros. Às vezes tenho vontade de agradecer pessoalmente a cada amigo e pessoa que cruza meu caminho e me faz aprender. Todavia, além de patético, seria cansativo. Mas queria de verdade agradecer a essa página que to virando. Nela, aprendi lições de paciência, de calma, de não ficar me perguntando o motivo das coisas, quando e se vão acontecer. Aprendi a deixar as coisas acontecerem, e não me surpreender, se elas simplesmente nunca acontecerem.
Você foi uma página importante da minha vida. Mesmo sem ter escrito uma sequer linha, nela.


“não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense que eu cheguei de leve
(...)
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã, será um caminho bom. Mas não me leve”
(Chico Buarque)

segunda-feira, julho 19, 2010

Uma ideia assim.. como quem não quer nada.

É comum falar que os opostos se atraem, e que os dispostos se repelem. É uma máxima antiga, conhecida, contestada e até garantida por alguns. Embora, eu, pessoalmente, ainda me pergunto se um dia irei conseguir conviver com um flamenguista doente sem me repelir dele. Porque a verdade é que, até que analisando bem, ter uma pessoa diferente, te completa. Mas convenhamos que viver disputando se vamos ouvir samba ou sertanejo no som do carro, durante a viagem, é um pouco desgastante.
Porém, dessa história toda, se eu tenho alguma certeza é de que os dispostos se repelem. Experimente reparar uma rival sua, daquela, que você considera inimiga, mesmo que ela nem saiba da sua existência, quiçá do ódio e rivalidade que nutre por ela. Olhe bem, suas semelhanças. Comece pelo Orkut, vá às comunidades dela, e não se espante com o número de ‘Comunidades em Comum’ é só o primeiro indício. Provavelmente gostam do mesmo tipo de música, vão aos mesmos lugares, dividem o gosto pela leitura, e o pior e que gera tudo isso, até se apaixonaram pelo mesmo rapaz.
Já tive casos de descobrir que uma ‘inimiga’ tinha uma tattoo exatamente como eu queria no lugar exato onde sempre sonhei fazer. Nessa hora, dá aquela vontade de olhar pro céu e perguntar se o cara lá de cima não vai com sua cara.
Não querida. Não é pessoal, não é uma questão de falta de fé em deus, ou de falta de sapatos novos. E confesso que, não sei qual é exatamente o X da questão, caso contrário, não estaria aqui, falando tanto sem conclusão nenhuma.
E assim, vou terminando uma teoria, baseada em nada, sem por que e conclusões.. Eis uma teoria sem final

sexta-feira, julho 09, 2010

Como ser

De Carla Moura:

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.
Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.
Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.
E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.
Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis!
Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela.
Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto.
E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar,a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.

quarta-feira, junho 23, 2010

#DiaSemGlobo

Achei que 140 caracteres não eram suficientes para falar por que eu não apoio o movimento #DiaSemGlobo. Não, não sou Globomaníaca e também não demonizo a mesma. Acredito naquela história que a gente ouve na infância, que não há palhaço se não houver platéia. E enquanto houver platéia o palhaço estará triunfante em seu picadeiro.

Contextualizando. Para a Globo manipular, é preciso que haja marionetes que aceitem isso. E se não houver senso crítico do lado de cá, ninguém que brigue por uma qualidade de TV aberta, isso não ocorrerá. E não, não estou me contradizendo. Perceba que quando me refiro a manifestações, falo de tais, que busquem a qualidade do conteúdo. De que adianta não assistir ao jogo da copa do mundo, ou até levar o dia inteiro sem assistir a Globo, se no sábado a noite estarão todos ‘emburrecendo’ com o Zorra total?

E para que haja, enfim, esse público com senso crítico, é preciso mudar muita coisa nesse país. Aí, vamos cair, novamente, nos clichês. "Antes de mudar o mundo, mude a si mesmo". O que você faz para mudar isso, o quanto colabora com a educação e instrução, pelo menos dos que te cercam?

Para mim, muita coisa é política, os maus gestores sim, que manipulam, e a TV é só uma das ferramentas. Muitos ignoram o voto. Talvez eu seja utópica, mas continuo vendo nele o principal poder direto que temos. Mas, se não sabemos nem acertar o foco de uma movimentação no twitter, o que nos garante ser bons eleitores? Precisamos ir além da leitura rápida dos 140 caracteres. Precisamos alongar nossa memória e não esquecer tão rápido.

Faço faculdade de Comunicação Social, e nesse curso, é quase unânime o ódio a esta rede de comunicação. Mas esse ódio todo só é pela Globo, por que ela está em primeiro lugar. Porque, convenhamos, a Rede Record aliena muito mais que o grupo Roberto Marinho. Basta ver o quanto eles te fazem chorar com histórias comoventes e pregações milagrosas.


E se um dia, alguém no twitter começar campanhas, realmente em prol de mais cultura, educação e avanço do povo, como foi a Ficha Limpa, contem comigo.

sexta-feira, março 12, 2010

Viver tudo que há pra viver


Esses dias liguei o computador pela manhã e me deparei com uma mensagem, de um amigo, me chamando para viver. Para sairmos mais, viajarmos, e fugir um pouco essa Babilônia. E isso mexeu tanto comigo, que a vontade que eu tinha era colocar minha mochila nas costas, encher seus 70 litros com itens de extrema necessidade e sair para conhecer de perto todo esse mundo.

Bateu uma necessidade de me livrar das 4 paredes do escritório, de não precisar de luz artificial e nem ar condicionado. E queria a maior das liberdades naquela hora, que é ficar livre de uma parte de você, a parte responsável talvez.

Pensei em quantos responsáveis estudiosos morrem a cada dia, sem viver de verdade. Em quantos seguem rigorosamente sua rotina casa, trabalho, faculdade. E acham que para viver de verdade é necessário ter dinheiro ou ir para o outro lado do mundo. Quando espetáculos da vida se mostram a cada segundo.

Quantas vezes você parou com seu carro, desceu e pôs-a admirar o por-do-sol em uma segunda-feira na saída do trabalho? Quando você decidiu acordar cedo, não para terminar relatórios, mas para receber o melhor dos bom dias, os primeiros raios de sol? Quanto tempo você não faz um pedido para uma estrela cadente? Um banho de chuva?

Tratam a vida e o viver, com um sentido muito amplo. Eu sou o inverso. Eu acho que a vida é ao seu redor. Sem clichês de que a vida é o momento que perdemos o fôlego. Viver é respirar. É mais, é respirar e sentir.

Agora, promete a você mesmo que vai lá fora, agora esquecer dos problemas e procurar um desenho bem bonito nas nuvens?

Na vida, há os que fazem e os que assistem. Talvez sejam bons expectadores. Mas não passam disso!