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terça-feira, maio 31, 2011

Entre corações que tenho tatuados



Em uma breve reflexão, parei a estudar os homens que um dia despertaram algo diferente dentro de mim. De paixonite a tesão, teve o certinho, o nerd, o galanteador, o perfeito, o que mandava flores, e o que só ligava na outra semana.
E o que todos têm em comum? A incrível capacidade de me fazer perder horas tentando descobrir como agir. Não vou ficar aqui generalizando homem e dizendo que muda só o CPF. Assumo minha parcela de culpa das escolhas complicadas.
Admito que homem normal me cansa. Tem que ser complicado. Tem que ter amigos invisíveis, mistério no olhar e falas curtas para contrastar com minha alma ‘Saramaguesa’. Tem que não gostar de futebol ou, quando gostar, ser torcedor roxo do arque rival do meu time de coração, tem que nem ligar pra carnaval e achar que a Portela é um saco. Tem que ofender tudo que eu mais gostar. Tem que morrer de medo de moto e achar super careta meus pais serem moderninhos.
Porque quando não tem o desafio, é chato. Quando não me faz parar para pensar respostas sobre suas indagações, é fácil. Quando não me deixa um dia inteiro olhando pro celular esperando se vai ligar ou não, é acessível demais.
E sempre que encaixa na forma desejada de namorado perfeito, ou tem namorada, ou é gay.

"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria." (Sentimental - Los Hermanos)

terça-feira, maio 24, 2011

Quando o dia não passar de um retrato



Enquanto o mundo gira, a noite cai e tudo segue sua perfeita ordem, eu durmo abraçada com as lembranças. Acordo sonhando com todos os dias bons já vividos. Momentos divididos com tantos e inesquecíveis. Olho pra trás e sinto tanta alegria, que vira e mexe me escapolem aos olhos, assim, rasteiro, como quem não quer nada. Pequenas gotas, que acho que se chamam Saudade.

“Dentro de cada pessoa tem um cantinho escondido, decorado de saudade. Um lugar pro coração pousar, um endereço que freqüente sem morar.”

sábado, maio 21, 2011

Andanças

Hoje eu caminhei um parque inteiro, para tentar acalmar o coração e descobrir que quanto mais a gente tenta, mais ele acelera. Acelera por dor, saudade, frustrações. Acelera pelo vazio do tempo que anda devagar.

Hoje eu caminhei para ver se conseguia chegar um pouco mais perto de mim, e me perguntar: ‘o que há?’ e ‘porque não’. Queria saber qual é o motivo das inconstâncias e da insistência em continuar querendo aquilo que não tem.

Caminhei para tentar achar razão de que, por mais que eu corra muito, as pessoas passam e eu fico. E que, não necessariamente isso é ruim. Mas não consegui. Continuo achando ruim. Continuo com aquele sentimento de antes, quase como uma peça que não encaixa no quebra-cabeça.

Hoje eu descobrir que por muitas vezes, não quero ter nexo, mas quero muito que as pessoas me entendam. E que, é difícil achar um colo antes da lágrima. Tive poucos, que passaram, e eu fiquei. Mas isso não é ruim. Não é. É.