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quinta-feira, dezembro 14, 2006


Logo quando fiquei sabendo do novo filme do nosso querido "Tio Sam", me peguei revoltada com tudo aquilo que estava sendo mostrado, mas além da revolta, senti uma espécie de possessividade do 'falar mal' do Brasil, como se eu (nós, brasileiros) tivesse o direito de criticar, mas eles que estão de fora, que não convivem com problemas do nosso Brasil, não.
Dias depois, houve uma sequência de assaltos a ônibus de estrangeiros, e acabei me dando por vencida, de que isso também é sim, um problema deles, porque eles também sofrem (em uma minoria) com toda essa violência.
Longe de mim defender a atitudes deles em produzir esse filme, pelo contrário, ainda me sinto insultada vendo o meu Brasil, sendo exposto assim para o mundo como um cenário de filme de terror. Mas sabe o que mais me insulta? É o fato de isso ter sim, seu pingo de verdade. Sabe aquela velha história de que 'onde há fumaça, há fogo' isso é uma grande verdade.
E ai? Foi preciso que os Americanos ridicularizassem-nos para que a gente acorde para o rumo que nosso país está caminhando ? Não dá esconder que esses fatos acontecem, pode não ser como mostra no filme, mas turistas são alvos principais.
Isso vira uma 'mancha negra' em um tela. Ou seja, de que vale aquela maravilhosa paisagem do Rio, se não existe a segurança adequada para desfrute de tal prazer?
Só me resta dizer, que hoje tenho saudades do Brasil ser conhecido pelas Bundas, futebol e samba! Pelo menos isso trazia turistas, que saiam satisfeitos com nossas curvas e bronzeados excitantes.

quinta-feira, novembro 30, 2006



Os adultos nunca vão acreditar
no poder de um banho de chuva;
na magia de um pôr-do-sol a beira-mar;
na energia de um som nas alturas;
na maravilha da brisa da noite;
no sabor de um beijo avassalador;
na volúpia de um namoro de uma noite...
eles nunca vão acreditar, talvez porque sejam outros seus valores,
Mas por enquanto, esses são meus valores e minhas alegrias, e eu acredito!

terça-feira, novembro 21, 2006

Novembro, aquele calor, aquela correria de provas da faculdade, trabalhos e muitos feriadões... Me pego andando distraída pela rua quando algo me chama atenção em uma sacada: lâmpadas piscando coloridas em ritmo que me é comum.
De repente surge aquela lembrança, de que o ano está chegando ao fim, que já passou o dia das mães, as festa juninas, julinas, o dia dos pais, o meu aniversário, o dia das crianças e... Caramba, já até passou o feriado da proclamação da republica.
O centro da cidade já vai inaugurar a decoração, nas lojas já tem um monte de gorro de papai Noel. E daí? E daí, que nessa hora surge aquela angústia de já esta acabando mais um ano, aquele medo de não ter conseguido curtir tudo o que havia pra curtir, aquela nostalgia de um tempo que passou há pouco, aquela lembrança do ano novo, que você jurava que foi ontem. E você acaba por refletir no quão você aprendeu nesse ano, no quanto você cresceu e amadureceu, fez escolhas e hoje é conseqüências das mesmas...
É, querendo ou não, o tempo passou, e agora prepare-se para os ambulantes tentando garanti sua ceia, prepare-se para os centros cheios, para os sininhos de natal e para a chegada do bom velhinho e pra mais um ano novo repleto daqueles votos comuns todos os anos.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Logo após meu passeio matinal pelo calçadão mais famoso do mundo (não que isso seja rotina, na verdade era uma das primeiras vezes que passeava por copacabana), entro no restaurante ao lado do hotel que eu estava (fazedno curso, óbvio, Deus sabe quando eu vou poder pagar por aquele hotel muito acima de 'categoria turistica'), restaurante simples, bacana. Faço meu pedido para o almoço e mergulho meus pensamentos naquela vista da cidade maravilhosa.

Para perturbo dos mesmos, entra uma senhora com seus 60 e poucos anos, cumprimentando a todos. Com aquele cenário e a intimidade entre os 'núcleos', era quase impossivel não se imaginar em uma novela do Maneco.
Para meu espanto, a senhora pede uma taça de vinho a um graçom. (detalhe: 12:30 PM!)

Segue os diálogos bizarros entre a senhora e meus pensamentos:

-Garçom! gelo por favor. - BERRA ELA!
3 minutos depois...
-O gelo por favor. - no mesmo tom de voz
Inevitável não olhar pra ela.
O garçom trás o gelo, e ela aproveita pra pedir alguma coisa.
-Tem pão de alho?
- Tem sim
-Faz para mim por favor.
Alguns minutos depois...

-MEU DEUS! EU VOU FICAR DE RABO CHEIO E NEM VOU ALMOÇAR!

°Nossa, cadê as velhinhas marasmas que fazem tricô ? penso eu.

Pouco depois, surge outra senhora na porta

- Margarida querida!
- Oi! - Responde timidamente
- Vou hoje lá na sua casa jogar sebo.

° alguém me informa que jogo é esse? Cadê as velhinhas jogando bingo ? Pra frente como essa é, isso deve ser uma espécie de salada mista pra 3ª idade!

-Vai ?!

isso pra lea surtiu como uma exclamação, pra mim uma pergunta querendo dizer "quem te chamou?"

- Mas tem que arrumar uma dupla. - Diz a Margarida

° Suspeita confirmada!

-... mas se você quiser jogar de 3, pode ser.

° eu aprendi que 3 é brega...

- Ah não! 3 é chato!

°... pelo visto ela também aprendeu! Ou se não, ela não é adepta ao rodizio. Tudo bem, nessa idade catar baba da outra deve ser mais nojento que o comum.

- então tá, se arrumar parceiro apareça lá.
- Pode deixar, que pão de alho?
- não, obrigada. Tchau!
-Tchau!

Para meu espanto [Parte II]:
-Graçom, outro vinho por favor! hoje eu quero me embebedar!

sinto uma pena verdadeira dos garçons!

Não sei por que cargas d'agua, surge o assunto de adolescente.

- ah! de adolescente eu entendo...

°Lógico, vc eh quase um deles

-...eu sou professora do Pedro II

° a coisa é séria mesmo! Perplexa, eu olho-a

- Você já estudou no Pedro II ?
- ah! não, sou daqui não. Sou de Campos.
- Ah! Campos é muito bom, meu filho já morou lá...
-Ah sim! legal! - Só me restava um risinho sem graça.
-... Mas depois ele foi transferido para cabo frio, e ele bobo foi, que burro, Campos é tão melhor!

°Ok, quase falei que a praia então dava banho na de Cabo Frio, mas fiquei com medo dela não entender a ironia e concordar.

Fui embora com a minha tese de que quem fala palavrão é jovem e quem fala alto é gente da roça, destruidas!