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terça-feira, junho 30, 2009

Diploma para jornalista.

As conversas corriqueiras de qualquer cidadão normal, na última semana, passa pela partida de Michael Jackson para a Terra do Nunca, já as rodas de bate papo de qualquer grupo ligado de alguma forma a imprensa, o tema da não obrigatoriedade do diploma para jornalismo é um assunto que resulta em calorosas discussões.

Mesmo cursando a habilitação de publicidade, compro essa briga em defesa do diploma, primeiro por fazermos parte de uma mesma categoria, segundo por ter estudado dois anos com colegas que serão futuros jornalistas e ter aprendido com eles o inicio do que é ser acadêmico de jornalismo, e por último, como cidadã, que valoriza o jornalismo ético, e sério.

Vivemos em um país em que não temos um bom ensino de base, os acessos de um estudante da rede pública a universidades públicas são difíceis, e somos obrigados a viver em um sistema de cotas, quando um ensino de qualidade é, pela constituição brasileira, defendida como um direito de todos. E mesmo com tantas adversidades que existem hoje no Brasil, para se chegar ao ensino superior, o STF derruba a obrigatoriedade do diploma para jornalistas, e deixa milhares de profissionais, com os mesmos prestígios que qualquer pessoa “que tem intimidade com a palavra” (palavras do Ministro Ayres Britto).

Tirar a obrigatoriedade do diploma é zombar com a cara de quem estudou quatro anos para chegar onde se queria, para quem se desdobrou para fazer trabalhos científicos, para quem defendeu seu TCC. É afirmar que disciplinas como Teoria da Comunicação, antropologia cultural, sociologia da comunicação, estética e cultura de massa, comunicação alternativa popular, e tantas outras não servem absolutamente de nada, se você tem um bom português. Como se jornalismo fosse só falar ou escrever, e seguindo isso, uma boa ‘mão’ para massagem vira um fisioterapeuta ou um bom ouvinte um psicólogo.

Muitos argumentaram que se é garantido em lei o direito da livre expressão, concordo, e sei que estou usando desse direito nesse exato momento, mas sei também que é direito de todo cidadão saber a procedência de cada notícia. Quando se está lendo um blog sabe-se que se esta lendo coisas informais ou pessoais, mas quando se esta lendo um jornal de circulação nacional, ou assistindo uma TV aberta (que necessita de uma concessão do governo para funcionar) as garantias de veracidade da notícia mudam. Mas quando misturamos o amador ao profissional, perdemos a confiança do que estamos ouvindo. E se um jornalista não tem embasamento para tratar de assuntos peculiares por falta de conhecimento na área, porque as outras áreas se julgam capazes de responder como jornalistas?

Estão tratando mais uma coisa nesse país como mercadoria, já não bastasse tanta coisa que nos leva a ser consumidores. Tratam-nos como consumidores da segurança, consumidores da saúde, consumidores do voto, e agora consumidores da notícia. Mas não é isso que prevê a ética do jornalismo, que diz que o compromisso dos jornalistas é com a sociedade.

Segundo o Ministro Cezar Peluso “Não existe no exercício do jornalismo nenhum risco que decorra do desconhecimento de alguma verdade científica.” E a este ministro eu lembro que com o instrumento da comunicação, Joseph Goebbels, Ministro do povo e da propaganda nazista de Adolf Hitler, fez o que ele chamou de Coação Coletiva das consciências, vendendo a preços insignificantes aparelhos de rádios ao povo e fazendo do rádio porta voz dos interesses do governo, destruindo o espírito da rebelião e multiplicando em todos os campos de batalha o espírito de destruir, exterminar e abater. Relembro também de uma grande empresa de comunicação, que no auge de uma CPI na Era Collor levou ao ar a mini-série “Anos Rebeldes”, que focava a luta de um grupo de estudantes no combate a ditadura nos anos 60 e 70, influenciando o povo a ir às ruas e pedir a saída de Fernando Collor da presidência.

A mídia tem papel fundamental no cotidiano do nosso país, a mída cria e extingue idéias, e isso tem que ser muitíssimo bem dosado e realizado por pessoas que realmente tem estudo pra tal.

Porque de sem formação, já basta nosso presidente.


Carol Alvarenga Côrtes, futura publicitária e jornalista (já que agora a lei permite!)

terça-feira, junho 02, 2009

Light presenteia clientes com livro de Paulo Coelho

A partir de agora, quem pagar a conta de luz através da Visanet, em agências credenciadas da Light no Rio de Janeiro, ganhará de brinde o livro “Ser como o rio que flui”, do escritor Paulo Coelho.



- E não me espanta se o número de inadimplentes crescer!