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sexta-feira, julho 01, 2011

1º de Julho


Hoje eu não queria falar sobre tudo que me deixa o dia inteiro embaixo do cobertor. Mas o frio e a chuva não me deixa outra alternativa, que não seja viver meus dias chatos de uma maneira clichê: sendo chata.
Hoje de baixo do cobertor eu relembrei momentos que se foram, momentos de partidas eternas e da falta que faz aqueles olhinhos claros, que sorriam ao me ver. Por mais que, eu fosse nova demais para compreender a dimensão do abraço fraco, e da forma rude como se demonstrava o amor.
Hoje faz falta, muito mais que seu tom de voz chamando meu nome, cada vez que eu abria a porta e deitava ao seu lado na cama. Faz falta, aquele descompromisso com a vida, aquelas pequenas cenas de um contraste de gerações.
Me corroo pelas ações abafadas, por mais um afago que deixei de fazer. E pelo tchau que eu sabia que era pra sempre, em que eu não voltei correndo para terminar com um abraço.
É nessas horas que se percebe o quanto a vida corre, o quanto cada ano passa com uma piscada de olhos, e apesar de não gostar de viver dias debaixo do cobertor, hoje é o que me resta. Uma saudade de um tempo que não volta. Uma saudade de um tempo que não chegou ainda.

"Já que não me entendes, não me julgues, não me tentes"

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