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sábado, junho 04, 2011

Alter ego



Ela sempre fazia questão de não se importar. Nunca quis saber do café, do amanhã ou do telefonar. E por mais que se importasse, seria em vão. Nunca se preocupou com o comportamento, as palavras certas ou em cuidar para não assustar.

Não era nada. Não era. Por que como quem não escolhe o futuro, se viu contando dias de solidão. Não sabia o que a perturbava mais, a falta ou o aperto do seu abraço. A partir daí, travava batalhas matinais, cada vez que acordava com vontade de continuar sonhando. Lia seu signo, para ver o que ele dizia. Para saber se ele dava alguma pista de como percorrer o caminho.

Não queria, nunca quis. E dessa falta de preocupação com o futuro nasceu isso. Resolveu batizar de Confusão. Deixar que o vento determinasse sua vida era demais para ela. E ao mesmo tempo instigante.


“Eu que não amo você, envelheci, dez anos ou mais, nesse último mês”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca comentei em um blog.
Sensação nova,entao vamos com cautela. Sou seu mais novo leitor!