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quinta-feira, abril 04, 2013

Muito Pouco

Que Cazuza me perdoe por nunca ter vivido esse amor exagerado, eu não sei deixar de viver porque você não me ama. Sofro uma vez por mês, choro quando excedo no álcool, mas chega. Não sei se é por falta de tempo, amor próprio ou preguiça mesmo, mas não rola. Tenho dificuldade de aceitar esse amor que usa o pulmão do outro pra respirar, eu tenho os meus aqui, embora possivelmente já um pouco debilitados pelo tabaco. Minha vida não acaba se você não me amar, ou nesse caso, já teria morrido pelo menos umas cinco vezes, e também não acho que a vida não presta só porque você não gosta de mim. Não que seja fácil, só não é impossível. Aqui em volta tem amigos, família, risadas e um cachorro fiel. Falta o amor? Claro que falta, mas tem todo o resto. E dou valor ao resto, já que é recíproco. Mas liga não, é que eu sou assim mesmo, eu choro pouco, esperneio pouco, tenho pouco ciúmes, e te amo muito, nesse meu jeito pouco.


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