Nota: Tem dias que a gente pede respostas, e hoje eu recebi
três de uma vez só. Um texto pronto na cabeça, um poema de Drummond na TV e uma
música no rádio. Poderia ter ignorado, mas resolvi que viraria post.
Dizem que desespero mesmo é rir da própria tragédia. E
confesso que é o que resta. Resta sorrir quando lá fora, uma rosa morre e uma
festa acaba. Sorrir, porque como bem disse Chico: “seu pranto não vai nada
ajudar”.
Em meio a rosas nascendo, o mundo sambando e estrelas caindo
eu vejo o seu barco partindo, a confiança do cais ruindo e o abraço apertado afrouxando.
Desfazendo fácil, tal como o cadarço daquele All Star que eu amo, sabe.
Mas e o tal amor pra onde foi? Ah, não sei. Perdeu-se, ou
achou-se em algum rosto de sorrisos mais largos que os meus. E o meu amor pra
onde foi? Foi junto, ele não sabe viver sozinho.
E quanto a mim, to (r)indo.
É que, no fim, aprendi a me virar bem.
É que, no fim, aprendi a me virar bem.
“Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão.”
Carlos Drummond de Andrade
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