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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

O tempo passou na janela



Nota: Tem dias que a gente pede respostas, e hoje eu recebi três de uma vez só. Um texto pronto na cabeça, um poema de Drummond na TV e uma música no rádio. Poderia ter ignorado, mas resolvi que viraria post.



Dizem que desespero mesmo é rir da própria tragédia. E confesso que é o que resta. Resta sorrir quando lá fora, uma rosa morre e uma festa acaba. Sorrir, porque como bem disse Chico: “seu pranto não vai nada ajudar”.
Em meio a rosas nascendo, o mundo sambando e estrelas caindo eu vejo o seu barco partindo, a confiança do cais ruindo e o abraço apertado afrouxando. Desfazendo fácil, tal como o cadarço daquele All Star que eu amo, sabe.
Mas e o tal amor pra onde foi? Ah, não sei. Perdeu-se, ou achou-se em algum rosto de sorrisos mais largos que os meus. E o meu amor pra onde foi? Foi junto, ele não sabe viver sozinho.
 E quanto a mim, to (r)indo.
É que, no fim, aprendi a me virar bem.

Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão.”
Carlos Drummond de Andrade

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