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sexta-feira, janeiro 18, 2013

Alamedas da vida



Somos uma avenida de mão dupla, nossas faixas são próximas, mas o córrego que passa no meio tem uma ponte estreita, em que palavras não passam. Nossas ruas paralelas permanecem lado a lado por um longo caminho, mas não há retornos. A gente se cruza, sempre em direções opostas. Eu tento ouvir o que tens a falar, mas você só sorri um riso tímido, e eu quase me sinto culpada por querer verbalizar nossos breves olhares. Você passa, mas são seis da tarde, chove e os carros engarrafam. Buzinas, caos e confusão, é assim todo começo de noite, nas ruas da cidade e nas esquinas do meu coração.


Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tenho alguma sabedoria maravilhosa.