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segunda-feira, janeiro 23, 2012

Todo dia

Eu acordo, respiro fundo, digo que não dá mais. Mas, levanto e suporto, mesmo quando a única promessa pro dia era de não suportar. Eu almoço sozinha, daquele jeito que não gosto. Ao lado, a cadeira vazia é a companhia e a porta para que a imaginação lhe pinte ali. A comida esfria, espalha pelo prato e você não veio. Você nunca veio. E eu lembro que não dá mais. Termino a comida e me ponho a escolher entre a sobremesa, o cigarro ou você. Mas você não veio, a sobremesa engorda e o cigarro... "Bem, amanhã eu juro que paro". Eu sigo a tarde e vejo o por-do-sol quase não sentindo sua falta, a noite chega e o meu sorriso de independência se alarga. A noite é minha, de noite sou minha. Me visto bem, gargalho, tomo coragem, um conhaque e afins, levanto a cabeça e sigo um caminho sem fim. Mas, a menos de um passo do novo, eu tropeço, de novo. Eu volto, eu choro, eu durmo.
No outro dia, eu acordo, respiro fundo, digo que não dá mais...

2 comentários:

Dalton Mesquita Filho disse...

OI Carol! haha Ainda estou a me perguntar como eu não sabia que você escrevia e ainda por cima tem um blog, do qual eu gostei muito.. Parabéns pelo talento e aqui vou eu, lendo os posts mais antigos (: grande beijo

Janaína disse...

Quando não dá, não dá... Vc escreve tão beeemmmm!!
Bjssss